quinta-feira, novembro 03, 2005

À Bárbara Eleodora *I.J. de Alvarenga Peixoto*

Bárbara bela,
Do Norte estrela,
Que o meu destino
Sabes guiar,
De ti ausente
Triste somente
As horas passo
A suspirar.
Isto é castigo
Que Amor me dá.

Por entre as penhas
De incultas brenhas
Cansa-me a vista
De te buscar;
Porém não vejo
Mais que o desejo,
Sem esperança
De te encontrar.
Isto é castigo
Que Amor me dá.

Eu bem queria
A noite e o dia
Sempre contigo
Poder passar;
Mas orgulhosa
Sorte invejosa,
Desta fortuna
Me quer privar.
Isto é castigo
Que Amor me dá.

Tu, entre os braços
Ternos abraços
Da filha amada
Podes gozar;
Priva-me a estrela
De ti e dela,
Busca dos modos
De me matar!
Isto é castigo
Que amor me dá.


*Inácio José de Alvarenga Peixoto*
[1744 - 1793]

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

eu amei a poesia na minha escola eu aprendi a historia de barbara e alvarenga fiquei triste pois alvarenga foi preso tchau bjsssssss

4:37 PM  

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